Gene Insanno Companhia de Teatro: Provocação como Arte

 

O Gene Insanno Companhia de Teatro nasceu em 1996, no município de Araruama (RJ), formado por jovens apaixonados pelo teatro e determinados a desenvolvê-lo como linguagem artística. Em 2009, o grupo expandiu suas atividades para a capital fluminense, fundando o G.I. Produções Culturais, com sede na Lapa. Nesse espaço efervescente, passou a agregar artistas de diversas áreas – música, cinema, artes visuais – conectando-se de forma ativa à cena alternativa e independente carioca.

 

A trajetória do grupo é marcada por ousadia e atitude. Ao longo dos anos, o Gene Insanno consolidou-se em festivais e mostras de artes cênicas, destacando-se por suas propostas arrojadas e provocativas. Sua pesquisa artística, inspirada na cena pós-dramática, apoia-se em três pilares fundamentais:

 

• Empoderamento do ator-criador no processo de direção e construção cênica;

• Investigação da tênue fronteira entre o teatral e o real, utilizando recursos como a dramaturgia aberta e a improvisação;

• Multifoco da cena no teatro contemporâneo.

 

Com quase duas décadas de estrada, seus integrantes possuem formação acadêmica nas áreas de Artes e Humanas. Além de manterem o Ponto de Cultura de Araruama, onde promovem oficinas, eventos e espetáculos, também realizam intercâmbios com outras companhias do Rio de Janeiro, espalhando criatividade e talento por onde passam.

 

O grupo já coleciona prêmios e participações em festivais nacionais e internacionais – incluindo Itália e México – e orgulha-se de ser um coletivo popular e autoral: cria seus próprios textos, trilhas, figurinos, cenários e propostas, sempre em busca de diálogos culturais com os públicos que encontra pelo caminho.

 

Essa constante busca por novas linguagens e territórios artísticos transformou o Gene Insanno em um coletivo "aventureiro" e "vanguardista", que ultrapassa os limites do entretenimento para comunicar algo profundo, provocador e muitas vezes desconcertante. Seus espetáculos são chamados de polêmicos, inesperados, reflexivos, didáticos, intrigantes, indigestos – mas talvez o adjetivo que melhor os defina seja provocadores.

 

Sem compromisso com estilos, técnicas ou gêneros específicos, o coletivo nasceu "insanno" e assim permanece: inquieto, crítico e com a missão de provocar o espectador, para que ele sinta, pense, se perceba humano – e, principalmente, saia do teatro também disposto a provocar o mundo ao seu redor.